quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

E essa caimbrã de viver vai e vem conforme as luas e a medida apurada dos meus sorrisos de mentirinha. Brinco de ser adulto sem me compromissar demais com a seriedade; ela nunca me proporcionou momentos seriamente bons. me observo claro no espelho, mesmo com o vapor do chuveiro. Aquele cheiro ainda me transcende e adoro botar medo em machões e tara em muleque chorão. Sou tantas cores antigas e novas, sou brim rosa, púrpura e pálido, sou aliás, estou sendo eu, finalmente.
E nos espaços em branco vou largando sem compromisso meus momentos aonde me agarro a caneta e deixo as palavras livres para me dizerem o que há agora, só agora, aqui dentro de mim, e não, não quero tomar fôlego com um pontop nem ser claro para ser entendido, o que queria já foi dito nas linhas e letras de antes, e o que quero é me contar como eu sou neste segundo. Ontem fui outro, antes de ontem fui alguém, amanhã serei alguma coisa e assim o fluxo de Guilherme Motta transcorre no espaço-tempo-humor. Humor... É. É só meu humor de momento te dizendo também o que me diz
Estilhaços do vidro
translúcido, outrora via-se um
mundo próprio de cores e formas
sem fim. Em todo caco havia
partes de suas angústias
simplesmente complexas;
morte, amor, e se, o amanhã.
Seu teto de vidro fora quebrado
eternamente, e sob a cúpula
que num viés do destino
explodira e implodira,
estava ele mesmo sentado.
Não havia segredo nem
verdade sequer terrores
e defeitos; era ele
acoado com os joelhos
cruzados, os pés tensos,
os ombros caídos, cabeça
baixa e a armação
de ferro de sua abóboda de
vidro pressionava sua nuca

sábado, 29 de outubro de 2011

Feche as trancas, confira uma
a a uma mais de uma vez, duas apenas.
Devem estar fechadas.
Aprecie a dor e o regojizo alheio,
prepare-se para o pior;
todos dizem que deve, pode, vai piorar.
Engana-se com seus sonhos
em sofrer por não estar no céu
nunca duvide que o merece
Não abra, não faça isso, feche as
trancas da ferida invisivel de que
pode nunca sentir-se em casa.
Cante uma canção de nunar
esqueça os pecados
e não se julgue pelos próximos erros.
Seus cabelos adoram afagos e descobriram isso antes nos meus cabelos. Nossos corpos nunca pediram nada pois as bocas e ouvidos se bastam em carinho. Vou dizer que pedi por você, e você que sempre esperara por mim. Concluiremos que fomos feitos um para o outro, e as realidades não vão parecer um empecilio, serão propicias até em caos. Sofreremos por não sermos um só, e a paz de estar juntos será infinita. Aonde vou te achar me preocupa, mas saber que você existe me faz pleno em paz.
Dias vagos, cheios de espaços a
preencher.
Amigos, risos, silêncios, momentos
O verão quente pede um passeio
para onde?
Coisas caídas pelo caminho, queria chorar mas
não posso, iria doer de verdade.
O que há no profundo dos meus
olhos que os espelhos não me dizem?
Sei que consegue enxergar lá, bem
além de onde todos fogem. Todos
fugiram até agora, mas aonde
está você que tem olhos tão
profundos que não me censuram;
vis e violentados, precipicios
que guardam segredos que nunca
saberemos... Isso nos une. Ter
uma alma tão turva que não
permite ver, que põe
Deus nos nossos dias o
tempo todo.
Você tem seu sombrio como eu