quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

E essa caimbrã de viver vai e vem conforme as luas e a medida apurada dos meus sorrisos de mentirinha. Brinco de ser adulto sem me compromissar demais com a seriedade; ela nunca me proporcionou momentos seriamente bons. me observo claro no espelho, mesmo com o vapor do chuveiro. Aquele cheiro ainda me transcende e adoro botar medo em machões e tara em muleque chorão. Sou tantas cores antigas e novas, sou brim rosa, púrpura e pálido, sou aliás, estou sendo eu, finalmente.
E nos espaços em branco vou largando sem compromisso meus momentos aonde me agarro a caneta e deixo as palavras livres para me dizerem o que há agora, só agora, aqui dentro de mim, e não, não quero tomar fôlego com um pontop nem ser claro para ser entendido, o que queria já foi dito nas linhas e letras de antes, e o que quero é me contar como eu sou neste segundo. Ontem fui outro, antes de ontem fui alguém, amanhã serei alguma coisa e assim o fluxo de Guilherme Motta transcorre no espaço-tempo-humor. Humor... É. É só meu humor de momento te dizendo também o que me diz
Estilhaços do vidro
translúcido, outrora via-se um
mundo próprio de cores e formas
sem fim. Em todo caco havia
partes de suas angústias
simplesmente complexas;
morte, amor, e se, o amanhã.
Seu teto de vidro fora quebrado
eternamente, e sob a cúpula
que num viés do destino
explodira e implodira,
estava ele mesmo sentado.
Não havia segredo nem
verdade sequer terrores
e defeitos; era ele
acoado com os joelhos
cruzados, os pés tensos,
os ombros caídos, cabeça
baixa e a armação
de ferro de sua abóboda de
vidro pressionava sua nuca