domingo, 2 de agosto de 2009

Música que os ouvidos sopram fora
pois já acompanharam demais meus ventos
sonhos que não se entende mais qual era
o sentido que lhes deixavam tão próximos
Um albúm cheio até a boca com fotos soltas
cartas e papéis escapando pelas arestas
notórios notáveis, segundos para mim
jamais vividos antes, quem sabe
hiatos que criam o terror e imaginam
o céu , e tudo que aqui há de lá.
Remete algo, a vontade hospedeira
meus olhos injetados, orações me amam
e expurgo a tensão para fora.
Deito sob as folhas, disseco o agora
numa tentativa inconscientemente desesperada
de negar o passado, e culpar o futuro a outros.
As vezes medo, as vezes culpa, insatisfação outras
corrijo, realinho, retorno, prossigo
A ordem as vezes me deixa adivinhar o que será agora
desestruturar tudo é um pesadelo querido
Do quente ao frio, passeio e sou conduzido pelo ser
Entendo demais, e é assim que deveria ser.
Me assusto com a porta atrás de mim
fechando meu grito fora de casa
Tanto que pode passar e estar nas janelas
me convence a prosseguir, mas essa escolha
somente o é, a palavra não cabe aqui
Continuo pois o que não parece continuar
é assim pois assim achamos, e só.

Nenhum comentário: