domingo, 2 de agosto de 2009

Sentado aonde na mesma casa nunca sentei
abro mão da angústia de escrever algo novo
relaxo os ombros e não resolvo nessa frase o que está por vir
certas coisas queimam por dentro pedindo, implorando
aos olhos que possam ver algo inexistente
um eco soprado aos ouvidos que dá medo e excita
lembrando do que não ouve. Um velho espírito,
desejos partilhados com o ar, terra suja nas mãos
lave hoje, haverá mais para limpar amanhã, e o cheiro
de algo quase novo sempre vai arrancar um sorriso
elucidações conturbadas confundem e somem
numa constante alternancia, navego em mares
feitos de coisas feitas, inventadas e entendidas
como eu, mas na igualdade, não se entende tudo
sou grão e universo em segundos, então o que me
faz assim, é mar, jangada, eu e ele...

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