domingo, 7 de outubro de 2007

Sociedade!

Esses dias estava pensando eu sobre as coisas do mundo capitalista... O sistema acaba fazendo com que tantas pessoas sejam obrigadas a viverem sempre em uma procura incessante do consumo. O tempo todo as felicidades, infelicidades, realizações, e todo o mais, depende do 'adiquirir'. Todo o mundo sempre só visa ter bens materiais e acumular mais e mais. Passam suas vidas todas trabalhando para tecer uma estrutura em torno de si uma edificação de itens capitais e perecíveis. Compram, acumulam, adiquirem, consomem, e gastam todo o seu tempo visando sempre ter mais do que tem. Quando percebem que já conseguiram tudo de material que poderiam ter, casas, carros, festas, viajens, artes, tudo que é então classificado como superfluo realmente se torna etéreo para a pessoa, pois ela simplesmente passa a não dar mais valor as coisas que tem e ninguém mais tem. Já o contrário ocorre com aqueles que vivem na dita 'miséria'. As populações carentes encontram a felicidade e a satisfação nas coisas mais simples da vida, como uma cena de novela, como um almoço entre seus familiares, as vezes mesmo uma ida única ao teatro que os marca para toda a vida e nunca mais se esquecem daquele momento. Todo o dito 'supérfluo' que eles não possuem, por ser algo sempre almejado, os torna muito felizes em apenas querer ter aquilo mas não ter para comprovar que o que não é necessário, um dia sempre enjoa. Enquanto essas pessoas ditas desfavorecidas pela sociedade sonham lindos sonhos de riqueza, realização profissional, luxo e gastanças desmedidas, aqueles que o tem, já não percebem valor nem felicidade em mais nada, pois o clássico ditado popular realmente tem sua realidade: não à mel tão doce enquanto não se sabe o amargo sabor do fel.... A pessoa afortunada desintegra seus valores de felicidade, perdendo totalmente a noção de o que vai realmente agradálas para se aprisionar em um querer eterno que nunca se satisfaz. Enquanto os pobres, tem a felicidade verdadeira e conquistada desde os pequenos momentos e os grandes momentos. Tudo, enquanto bom, é ótimo para eles, e tudo para os outros, enquanto ótimo, é apenas o mesmo.

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