segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Meu único medo...

Pode o mundo todo ruir em um caos sem fim e inevitável, podem meus fantasmas finalmente aparecerem para mim e me assustarem de verdade e não apenas soprarem em meus ouvidos, pode a morte me levar para uma situação totalmente contrária a tudo que imagino, pode tudo ser verdade, pode tudo ser mentira. Pode minha família toda realmente estar tomada pela inveja, podem meus amigos desejarem meu mal mais que tudo; pode o mundo todo sempre quando estiver em contato comigo não me entender e sofrer com meu olhar. Podem todos saber, pode ninguém saber, pode minha cabeça desaparecer para sempre e nenhum pensamento, palavra, imagem, sonho, nada, posso eu e meus botões ficaram afogados em um nada eterno de agonia... Posso sentir a dor que nunca senti mas vi e senti tantos sentirem, posso jamais alcançar meus sonhos, posso viver pobre e sempre dependente do dinheiro alheio... Posso ser internado num hospicio e viver a arrancar pétalas das flores desejando que todos no mundo morram, posso ficar para sempre trancado nas tristezas da minha casa... Posso perder cada memória boa, cada lembrança feliz, e viver sempre me esquecendo de tudo e de todos, ou lembrando de todos e jamais guardando em minha mente aquilo que realmente me interessa... Posso viver como um vegetal, ou como um animal, ou em negação, ou em racionalização; posso ouvir as vozes que me odeiam por dias, horas, minutos, segundos, o tempo todo para todo o sempre; posso um dia ver que tudo que fiz foi uma mentira e só fiz o mal, só fui instrumento de destruição. Posso também saber que sim sou feliz, que sim salvei o mundo, que sim tenho amigos, que sim as pessoas me amam, que não o não que ouço não passa de um auto boicote inválido e falso... Posso esquecer todos meus fantasmas, realizar todas as metas, ter meu dinheiro, conhecer cada lugar que sonhei, fazer aquilo que mais quero fazer profissionalmente... Posso conhecer pessoas notáveis, ter casos inesquescíveis, baladas tão almejadas, tudo que sempre desejei... Posso ser grande e tão maior do que imagino ser, morrer e salvar cada alma triste e ensiná-la a ser feliz, e castigar cada corpo ganancioso que não permite a felicidade; posso tudo. Independente de cada desgraça e de cada agrado que citei aqui, se não tiver a única pessoa que amei de verdade para mim denovo, sempre estarei sendo um alguém que, por mais que acredita e passa isso, não é feliz...

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