domingo, 11 de novembro de 2007

Voltar a ser criança...

Agora de pouco me perguntei se conseguiria ser sinceramente lúdico ao escrever alguma coisa... E passar os sentimentos bonitos que sinto em relação ao meu lado mais inocente... Pra começar acho que devo me desprender de palavras dificéis, e muito elaboradas, deixar que cada período vire frase e cada pedaço seja simples, como se dentro de um beijo estalado eu pudesse dizer tudo que quero. Digo que carrossel faz meus olhos brilharem... E circo me lembra que rir quando não é de coração é estranho, mas não deixa de ser verdadeiro por que alguma coisa em você naquele segundo quer rir... Digo também que tanta coisa sempre vai estar errada, mas que pensar em coisas lindas sempre vai ser melhor. Que sonhar é o que faz agente criança, e sorrir, e brincar, e ser feliz. O muleque não se pergunta por que quando a bolinha de gude quica joga a outra longe, nem por que avião parece passarinho que não sabe bater asa, nem liga pra gente que faz careta, nem pra mordida de formiga. A menina se assusta com barata, mas sabe que o doce é mais doce quando tá lá no alto do armário. Ela penteia os cabelos as vezes, e nem percebe quando eles mais estão arrepiados, por que brincando, ela esquece. A criança acha que tanta coisa precisa mudar que o mundo fica perfeito pra ela, por que ela sempre esquece tudo que quer diferente pra dar atenção pra tv, ou pra cosquinha do irmão, ou pro afago da mãe. Quer tanto crescer, mas sempre acha que o ano passado na escola foi bem mais divertido. Com uma varinha se agitando pelo ar sonha os sonhos mais lindos, e naqueles momentos ela tá la dentro, de cada sonho dela, de verdade. E quando dorme se tem pesadelo, acorda esbaforida, esquece, e dorme denovo. Toda a meninada é linda, por que sabe esquecer do que tem que ser esquecido, e nunca esquece da bicicleta nova que quer tanto para brincar... A bicicleta que quando ganhar, vai esquecer só pra lembrar do que mais vai fazer feliz esse pedaço da gente então...

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