sábado, 18 de julho de 2009

Grande Boca, Grande Bola

Cala-te boca, exijo a mim sempre almas
se roçando pelos olhos, perdendo sentidos
e escavando misérias, doces podridões nossas
que os estilhaços abocanho, mastigo, engulo e rio;
arroto meu sarcasmo em sua fronte ignóbil
aos maneirismos de alguém que se deleita com suas feridas
pretende medicá-las, mas pelo cativar
escorrega a ponta da língua sobre seu sangue estagnado.
Em sua inocência, preve um adorador de si
que enraíza seu ego na fraqueza alheia
ou até um adoentado da mente empático a beleza, quem sabe um cativante invertebrado
Deveras o aviso, engana-se até o pescoço pois o topo lhe falta
Meu mal para você, é meu ser a mim, e o encanto do meu jeito:
amo seu defeito, posso fingir que te beijo
ou cravar meu coração em suas unhas cheias de terra.
Só por que de tudo isso já sei um pouco;
e homicídio algum encolhe minhas bolas.

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